Panteras? Três espiãs demais? Foram muitas as comparações feitas pelos fãs, afinal, um trio de agentes especiais não é nenhuma novidade na cultura pop. Mas vocês já viram uma versão na TV coreana disso? Com um humor tipicamente asiático e o Serviço Nacional de Inteligência coreano no centro da história? Provavelmente não assistiu, ainda, já que agora temos “Good Casting”, perfeito para quem gosta de suspense e ação, mas quer algo mais leve, que cure a ressaca dos dramas de serial killer que tivemos no primeiro trimestre de 2020. 

“Good Casting” é o k-drama mais assistido das noites de segunda e terça-feira na Coreia, com classificações de até 12.3% em Seul logo na estreia, com seu plot liderado por um trio de agentes talentosas e, ao mesmo tempo, tão enroladas quanto qualquer pessoa comum se tentasse salvar o dia e o país — o que é o charme do drama.

Good Casting Choi Gang Hee
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Choi Kang Hee (“Queen of Mystery” 1 e 2) é Baek Chang Mi, a protagonista implacável, teimosa e inconsequente que ficou negativamente marcada por uma missão mal sucedida, em que perdeu um de seus colegas de trabalho e, por isso, até hoje busca o criminoso que causou o incidente para se vingar. Kang Hee é uma atriz pequena de rosto fofo e dá à agente durona uma dualidade irresistível, da mulher que chuta bundas, mas que tem um lado romântico com seu primeiro amor, além das brigas sarcásticas com o ex dela, também um agente secreto.

<strong>Kim Ji Young<strong>

Hwang Mi Soon (Kim Ji Young) é a mais velha do trio, e sua família, marido e filha adolescente acreditam que ela é apenas uma vendedora de seguros que trabalha num escritório comum. Mal sabem eles da agente experiente que Mi Soon é, além de ser a personagem que tem as melhores sacadas e frases do drama.

<strong><a href=httpswwwkocowacompt brsearchYoo20In20Young>Yoo In Young<a><strong><a href=httpswwwkocowacompt brsearchYoo20In20Young> <a>

Im Ye Eun (Yoo In Young) é uma mãe solteira e o forte apoio cibernético da equipe industrial do NIS, porém a mestre em computadores e sistemas em rede não tem experiência em campo, o que rende muitas cenas engraçadas porque ela é completamente atrapalhada no início, rolando até “nudes” acidental do ídolo que ela precisa cuidar.

Ainda assim, ela é designada para a mesma missão que a lendária Baek Chang Mi e a veterana Hwang Mi Soon, para investigar a corrupção de uma megacorporação cheia de gente mal intencionada que quer comprar uma supertecnologia e usá-la para o mal. Parece mesmo um episódio de Três Espiãs Demais, né?

Ser história padrão de espiãs com vilões malvados caricatos não é um problema para mim, me incomodou bem mais algumas falhas e irresponsabilidades dos agentes, que para quem está acostumado com dramas policiais é perceptível, como não estarem usando colete à prova de balas durante uma missão perigosa ou a agente sair correndo atrás do criminoso enquanto seu colega ferido está sangrando. Apesar desses furos, “Good Casting” tem sequências de ação memoráveis, que não deixam a desejar para nenhum filme hollywoodiano, tudo sob uma trilha de rock e eletrônico impecável.

Good Casting Lee Sang Yeob
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Falando em visual, além de três belas mulheres, temos também alguns rapazes bonitos. Lee Sang Yeob (“Once Again”) é Yoon Suk Ho, o CEO da empresa que está sendo investigada, e também é o primeiro amor de Chang Mi, que na missão dela acaba virando secretária dele. Preparem-se para muitos flashbacks fofos e hilários desses dois (a música da mochila vermelha <3). Vou ficar chateada se o drama tiver uma reviravolta e ele for o vilão Michael, não destrua o ship, “Good Casting”!

Há outra dupla que eu ainda estou decidindo se shippo ou não, a formada por Im Ye Eun e o ídolo Woo Won, interpretado por Lee Jun Young (Jun, do grupo U-KISS). O que esse moço tem de bonito, ele tem de chato no drama, mas os dois juntos nos rendem tantos momentos divertidos — a cena no estilo do filme “O Guarda-Costas” no aeroporto foi tudo!

Até agora, com 6 episódios até a publicação desse texto, “Good Casting” manteve uma oscilação de um episódio “okay” seguido de outro muito bom, a exemplo do piloto, que eu não curti tanto (aff, os furos policiais), mas o segundo episódio que realmente me conquistou, e isso se manteve no 4 e 6, que gostei mais do que seus anteriores. “Good Casting” sempre termina num baita gancho e situação tensa das missões, te deixando ansioso pela próxima semana. Contudo, o melhor mesmo são os epílogos antes das prévias, num modelo parecido com “Suspicious Partner”, em que vemos alguns dos momentos mais hilários dos episódios.

Manterá sua atenção também o conflito que, com certeza, acontecerá entre duas das protagonistas por causa da morte de um agente no passado, relacionado às duas. Eu espero que isso seja resolvido da melhor maneira, tenho boas expectativas, já que “Good Casting” tem mostrado brilhantemente diferentes tipo de força feminina — a mãe e esposa de meia idade, a doce e esforçada mãe solo e a solteirona que viveu para o trabalho. Mesmo que alguns nessa história tentem fazer essas mulheres parecerem loucas em suas suspeitas e ambições, elas seguem nos impressionando com suas capacidades, enquanto nos fazem gargalhar.

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