No momento procuro palavras para descrever o quanto estou apaixonada por “The King of Mask Singer”, e pensando de que forma dizer para vocês que o pôster principal desse programa coreano não faz jus ao que te espera ao assistir. Preciso avisar que sou tendenciosa também, como alguém que não vive sem música e já estudou isso, fiz parte de projetos, bandas e orquestras na adolescência. É um hobby muito querido e presente na minha vida, e não por acaso “The King of Mask Singer” veio a ser meu Variety favorito no Kocowa.
Não julguem um Variety por uma capa que mostra dois mascarados que mais lembram uma luta livre mexicana. O que te espera são máscaras bem mais coloridas, criativas e com vozes poderosas como armas de combate. Imagine encontrar vozes maravilhosas cantando de clássicos a sucessos, mas que você não sabe quem está por trás daquela voz, não pode julgar por interpretação, beleza ou fama, mas apenas pelo que você escutar e nada mais. Bem, de bônus, os artistas também mostram talentos peculiares e criatividade no figurino.
Shows de talentos são comuns na TV, e esse é exibido aos domingos na Coreia, no canal MBC, desde abril de 2015 como um quadro da programação “Sunday Night”. Você provavelmente está acostumado a ver quadros de talentos com famosos nos programas de domingo da TV brasileira, mas enquanto na maioria dos programas a fama dos convidados é usada como ferramenta para maiores índices de audiência, a grande sacada de “The King of Mask Singer” é justamente fazer das identidades um mistério e focar apenas nas habilidades de seus participantes. É uma ideia muito ousada, e genial! Porque isso gera em nós, telespectadores, fortes expectativas quase como se estivéssemos vendo uma narrativa seriada de romance e suspense.
Nos emocionamos com diversas apresentações, como se assistíssemos ou vivêssemos um romance. E ficamos ansiosos para descobrir as identidades secretas dos cantores competidores a cada eliminatória. Será um cantor experiente? Um ídolo do k-pop? Os jurados acertaram seus palpites? Além do fato de não nos sentirmos sozinhos em todas essas emoções, já que os programas musicais coreanos têm o hábito de mostrar também as reações da plateia, e é ótima a maneira como nos vemos conectados àquele monte de pessoas desconhecidas, mas que estão tão embasbacadas quanto nós com os shows.
Contudo, “The King of Mask Singer” faz um grande serviço à Hallyu (onda cultural coreana) porque o programa é uma grande aula de música popular coreana, e eu simplesmente amei isso! A forma como, em toda a narrativa emocionante e misteriosa, conhecemos as músicas coreanas muito além do k-pop e das OSTs de dramas. Neste Variety temos um panorama muito mais amplo da música coreana, do que essas pessoas escutam e como as canções fazem parte da história delas e de seu país. Porque, afinal, assim como nós temos nossa própria cultura popular, a Coreia é bem mais que os hits “exportáveis”.
Todos esses aspectos — a narrativa misteriosa e emocionante, as vozes talentosas, as máscaras criativas e a aula de cultura musical — completam a fórmula de sucesso do rei mascarado. Reis estes que já foram mais de 100 até o momento, e não descobrimos quem é até que seja eliminado e perca a coroa, então sempre estaremos à espera por revelações, seja de talentos, rostos, reis ou rainhas. Não tenho dúvidas de que esse conjunto de segredos me fisgou.
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Eu gosto de assistir doramas por que ele mim deixa sonhar coisas boas
Eu gosto de assistir doramas por que ele mim deixa sonhar coisas boas