Ainda é difícil acreditar que há pouco mais de um ano, no final de setembro de 2018, terminava “Still 17”. E Shin Hye Sun já estrelou este ano outro sucesso tão impactante quanto, “Angel’s Last Mission: Love”, e agora, Yang Se Jong lidera o épico “My Country”. Parece que foi ontem que eles e sua encantadora história alegravam os meus dias. Ainda me lembro claramente como fui assistir ao drama despretensiosamente sem jamais imaginar que “Still 17” seria o que eu tanto precisava um ano atrás, e ainda poderia ser o que eu preciso hoje — esse deve ser o poder de boas histórias.

Foi de partir o coração quando a violinista, antes adolescente de 17 anos, Woo Seo Ri (Shin Hye Sun) acorda 13 anos depois numa cama de hospital como uma mulher de 30 anos. Ela não reconhece a pessoa que vê nos espelhos, e toda a sua vida e sonhos ficaram estagnados. No início deste drama eu ainda não havia entendido que Shin Hye Sun sempre teria o poder de me abalar, seja para rir ou para chorar. Não é por acaso que, na Coreia, ela é apelidada de “soap operas queen”, em tradução livre, a “rainha dos dramas”. Todos os dramas dela dos últimos anos foram sucesso de audiência.

Há certa magia na história da mulher que não perdeu a vida, mas perdeu a oportunidade de vivê-la, por mais trágica e distante da realidade da maioria que isto pareça à primeira vista — ironicamente, é algo bastante fácil de se identificar. Quantas vezes talvez você não tenha se reconhecido no espelho embora tenha vivido consigo mesmo por tanto tempo? Quantas vezes nos questionamos se estamos vivendo corretamente dentro das expectativas que criamos antes? Podemos responder a estas questões com sentimentos de frustração semelhantes aos de Woo Seo Ri, sem precisar passar pelo mesmo que ela.

<strong>Jennifer e Mr Gong donos e proprietários das melhores conversas de jardim da dramaland<strong>

Eu nem preciso sair do k-drama para provar isso, temos um exemplo no próprio “Still 17” com a Jennifer (Ye Ji Won), que vivia em função dos livros e dos outros porque não encontrava mais sentido na vida dela, pela culpa que carregava de acontecimentos passados, que apenas ao longo da história descobriremos. Falando em culpa, era a mesma que Gong Woo Jin (Yang Se Jong) carregava e que o fez passar treze anos isolado da sociedade, ele racionaliza demais sobre coisas que, na verdade, fugiam ao seu controle. Gong é um design que monta cenários e Jennifer, alguém que organiza as coisas em seu devido lugar. Falhar nos ambientes de suas vidas foi algo que os magoou profundamente.

<strong>Chan e o pintinho Hahaha hilário e inesquecível<strong>

Muito ao contrário do sobrinho atleta de Gong, o brilhante Yoo Chan (Ahn Hyo Seop), que seguia o fluxo despreocupadamente, da mesma forma que Woo Seo Ri seguia seus sentimentos na música, mesmo que ela não fosse uma violinista tecnicamente excelente. Gong e Jennifer tentavam se apoiar mais na razão, enquanto Seo Ri e Chan eram pura emoção. As mesmas emoções que paralisam também conseguem fazer seguir em frente. Essa família inusitada não poderia ter dado mais certo (além de outros dois jovens para dividir o frango nos jantares). O drama não se preocupa em nos explicar uma série de coisas, e até próximo de seu fim, “Still 17” se mantém no fluxo de encontros, desencontros e alegrias e tristezas que isso proporciona.

“Still 17” foi meu drama favorito de 2018 e eu ainda não havia escrito quase nada sobre o meu queridinho do ano passado, porque nunca encontrava as palavras certas para definir o monte de sentimentos que tenho sobre ele. E acho que ainda não encontrei, mas também não percebi que talvez a resposta estivesse no própria história que me fez feliz. Por que sempre racionalizar tanto sobre tudo? Por que nos sentir culpados pelo que não podemos conter? Podemos apenas seguir o fluxo das emoções. “Still 17” e Chan tem a resposta: “Não pense, sinta!”.

<strong>As cenas no telhado TUDO PRA MIM <3<strong>

Assista a “Still 17” com legendas em português no Kocowa Brasil!

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